sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Batismo infantil no cristianismo – Uma prática Bíblica ?

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Ontem vi uma notícia muito positiva. Várias denominações protestantes nos EUA estão em vias de assinar um acordo com a Igreja Católica para reconhecimento mútuo do sacramento do batismo. Isso significa, em termos práticos, que se um protestante virar católico (ou vice-versa), ele não terá de ser rebatizado. O sacramento do batismo será válido para as igrejas signatárias do acordo. No entanto, muitas questões vão surgir nas mentes das pessoas, principalmente na dos protestantes. Para os católicos o reconhecimento do batismo realizado nas Igrejas protestantes nunca foi um problema, exceto naquelas que possuem vícios patentes na fórmula batismal, como é o caso de algumas seitas (ex: testemunhas-de-jeová). Mesmo antes a Igreja Católica já reconhecia como válidos os batismos realizados pelas denominações protestantes tradicionais, como a Igreja Batista, a Assembleia de Deus, a Presbiteriana, dentre outras mais sérias.  O problema sempre foi no sentido inverso. Sempre que algum católico, por alguma razão, resolvia abandonar a Igreja para frequentar um templo protestante, não era raro haver a exigência do rebatismo. “Não reconhecemos o batismo infantil” ou “não reconhecemos o batismo da Igreja católica”, são algumas das objeções mais frequentes para a prática de repetir um sacramento que é, em sua essência, irrepetível.

Neste breve ensaio, vamos mostrar a razão que possivelmente levou as denominações protestantes a assinarem o histórico acordo, bem como mostrar de maneira sólida que o batismo infantil é não somente correto, mas é também, acima de tudo, bíblico.

A circuncisão judaica era uma sombra do batismo cristão

O apóstolo São Paulo nos diz que a Lei era uma “apenas uma sombra dos bens futuros” (Hb 1,10sei que há controvérsias acerca da autoria da epístola aos Hebreus, mas ficarei com a interpretação mais aceita de que foi São Paulo o seu autor). Em Colossenses 2,11-12 ele faz o paralelo direto entre a circuncisão judaica e o batismo cristão. Enquanto que a circuncisão marcava para o judeu a entrada na aliança mosaica, no "povo eleito de Deus", para o cristão o batismo marca a entrada da pessoa na comunidade, na Igreja do Senhor Jesus Cristo. A analogia é tão clara que ele (São Paulo) chama o batismo de “circuncisão de Cristo”.

Sendo a circuncisão judaica um paralelo do batismo cristão, surge a pergunta inevitável: os judeus circuncidavam seus filhos em qual fase da vida ? Na vida infantil, e para ser mais preciso, no oitavo dia de vida (ver em Gn 17,11). Os fisiologistas Emmett Holt e Rustin Mcintosh descobriram em suas pesquisas que um bebê recém-nascido tem maior facilidade de apresentar um quadro hemorrágico entre o seu 2º e 5º dia de vida. Porém, no 8º dia os níveis de Vitamina K e A Protombina são normais no sangue do bebê, não havendo riscos de hemorragia. Também observou-se que a vitamina K, que é um importante fator de coagulação, não atinge os níveis ideais entre o 5º e o 7º dia de vida. Porém, no 8º dia os níveis da vitamina estão no ponto ideal para evitar o processo hemorrágico. Aqui cabe uma pergunta: como Abraão poderia saber dessa informação ?

Se a circuncisão marcava a entrada do judeu no chamado “povo eleito de Deus”, na Antiga Aliança, e que ela é, na interpretação canônica de São Paulo uma sombra do batismo cristão, que marca a entrada da pessoa na Igreja e na aliança do Novo Pacto, e que tal procedimento era feito na infância, qual a razão de rejeitar a ideia de que o batismo pode – e deve – ser ministrado igualmente nas crianças recém-nascidas? Guarde esta pergunta para respondê-la de forma consciente no final do artigo.

A Bíblia nega em algum lugar a prática do batismo infantil ?

Por mais que se tente dizer que na Bíblia só temos exemplos de batismos entre adultos – o que não é bem uma verdade – em lugar algum das Escrituras vemos qualquer menção proibindo a prática. A proibição, por mais irônico que possa parecer, não resiste ao exame de um dos pilares do protestantismo – o “Sola Scriptura”. Os opositores da prática podem relutar, mas, se forem pressionados, acabarão por admitir que não existe um só versículo que negue ao cristão a possibilidade de batizar suas crianças.

Antes de prosseguirmos em nossa linha de raciocínio, devemos, primeiro, entender o quê significa o batismo cristão.

O que é o Batismo ?

O batismo é para a Igreja um sacramento, um mandamento expresso de Jesus Cristo para aqueles que desejam entrar na vida cristã e na própria vida eterna. “...em verdade te digo: quem não nascer da água e do espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3,5). “Ide pois, e ensinai a todas as nações: batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28,19). “Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Marcos 16,16).

Todas essas palavras são atribuídas ao próprio Jesus Cristo. Sendo assim, o batismo não é uma brincadeira. Também não é algo “opcional”, algo que o cristão pode considerar fazer ou não. É uma ordenança, que deve ser cumprida. Afinal, a Igreja, desde os tempos primeiros do cristianismo entendeu a relevância da admoestação de Jesus e reconheceu o batismo como sacramento, o ritual de entrada na comunidade cristã. Não é à toa que o primeiro manual de liturgia conhecido pela Igreja (Didaquê) já enfatizava que aos não-batizados não era lícito aproximar-se da eucaristia:

Que ninguém coma nem beba da Eucaristia sem antes ter sido batizado em nome do Senhor, pois sobre isso o Senhor [Jesus] disse: "Não deem as coisas santas aos cães".

Vemos claramente que Jesus Cristo deu a este sacramento o efeito de produzir um “Renascimento”, uma “Regeneração Espiritual” (João 3,5 e Tito 3,5-7), que tem o condão de perdoar até mesmo o pecado original e outros, se houverem, comunicando à alma a graça divina e santificante (Efésios 5,26-27). Que o pecado original é trazido no homem desde o nascimento há pouca margem para dúvida. A epístola de São Paulo aos Romanos no capítulo 5, nos versículos 12-14 e 19 mostra os efeitos do pecado original no homem. E São Pedro destaca em Atos 22,16 acerca da possibilidade de lavá-los no batismo: "E agora, porque te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele." O sacramento do batismo aparece na Sagrada Escritura como tendo este poder – dado por Cristo, é claro – de lavar os pecados daquele que é batizado. Lembremos também a ocasião em que São Pedro anunciou enfaticamente: “Convertei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos vossos pecados.” (At 2,38-39). Alguém ainda pode duvidar que o sacramento do batismo lava o cristão do pecado original ?

E o ladrão da cruz, precisou de batismo para se salvar ?

Muitos gostam de destacar as exceções como se estas devessem ser consideradas como regras. É evidente que o ladrão da cruz não foi batizado, e mesmo assim Jesus garantiu a ele que naquele dia ainda estaria com ele “...no paraíso” (Lc 23,43). Temos de considerar dois fatores nesta passagem: primeiro, Cristo nem sequer havia morrido naquele momento. A Antiga Aliança ainda estava em pleno vigor. A Nova Aliança só começou a vigorar e ter pleno efeito após a ressurreição do Senhor.  E você lembra o que marcava a entrada de alguém na velha aliança ? Sim, a circuncisão. Mas, devemos considerar também que quem estava na cruz próximo ao “bom ladrão” era ninguém mais, ninguém menos que o próprio Deus encarnado. Ele não somente tinha o poder como a capacidade de salvar a quem ele bem entendesse.

A regra que deve ser considerada pelo cristão está bem expressa na Sagrada Escritura: o batismo é condição básica para alguém ser considerado cristão.

E as crianças que morrem sem batismo, estão perdidas ?

Creio que esta pergunta fica bem respondida com o texto dos evangelhos, que diz em suma “Deixai as crianças virem a mim, e não as impeçais, porque o Reino dos céus pertence a tais como estes.” (Mateus 19,14, Marcos 10,14, Mateus. 18,2-5 e Lucas 18,16)

As crianças são seres que ainda não foram contaminadas, do todo, pela maldade. Elas têm, é claro, o pecado original, se não tiverem sido lavadas dessa sujeira no sacramento do batismo. Contudo, Deus, em sua infinita misericórdia, saberá tratar com esses seres inocentes que morrerem sem cumprir o seu mandamento, porém, sem carregarem a culpa por isso. Como poderíamos imputar culpa a uma criança que depende muitas vezes de seus pais para tudo ? Mas aqui façamos um paralelo. Na Antiga Aliança, deixar de circuncidar o filho homem no oitavo dia era algo impensável para os judeus. Deixar de fazê-lo significaria uma desobediência grave ao preceito da Lei por parte dos pais.  Por mais irônico que possa parecer, o próprio Moisés quase foi morto pelo Senhor enquanto estava reticente em circuncidar seu filho (por favor, leia Êxodo 4,24). Dai vemos a gravidade em deixar de cumprir um mandamento expresso do Senhor.

Se o batismo infantil era o padrão, por que Jesus se batizou somente depois de adulto ?

Antes de considerarmos essa questão, devemos lembrar que Jesus Cristo viveu e cumpriu integralmente a Velha Aliança, para então inaugurar a Nova. O sacramento do Batismo não era a regra quando do nascimento do Salvador. Na verdade, ele só faz parte do ministério de Jesus quando o mesmo se iniciou, quando ele tinha 30 anos, através das mãos de João Batista, aquele que veio para “preparar o caminho do Senhor”. Sendo assim, como Jesus poderia ser batizado se ainda seu ministério e a Nova Aliança sequer havia iniciado? Os ritos da lei mosaica só deixariam de valer após a ressurreição de Cristo (cf. Mt 26:61). Mas, nunca é demais recordar que Jesus foi apresentado no templo quando criança, pois este preceito da lei mosaica ainda estava em plena validade, enquanto que o batismo ainda não. Veja que os ritos de iniciação da religião judaica nunca excluíram as crianças: tanto a circuncisão, para os filhos varões, quanto a consagração no templo eram feitos quando a criança era recém-nascida. Por qual razão o batismo, o ritual de iniciação cristã por excelência, deve deixar de fora aqueles a quem Jesus tanto frisou para deixar virem a ele?

A Bíblia mostra o batismo de famílias inteiras, não há nenhuma razão para acreditarmos que as crianças eram excluídas. Aliás, as palavras usadas na Sagrada Escritura as inclui quase de forma explícita

“Deixai as crianças virem a mim, e não as impeçais, porque o Reino dos céus pertence a tais como estes.” (Mt 19,14; Mc 10,14; Mt. 18,2-5 e Lc 18,16). Quando São Pedro diz em Atos 2:38-39, que a promessa do batismo é “para você e seus filhos, e aqueles muito longe.” A palavra grega empregada para denotar “filhos” é teknon. Esta é a mesma palavra usada em Atos 21,21 para descrever crianças de oito dias de idade (a mesma idade da circuncisão judaica). Sendo assim, São Pedro afirma que o batismo é tanto para crianças quanto para adultos. Além disso, em Atos 16,15, lemos que Lídia e “sua casa ou lar” foram batizados. A palavra para ”casa ou lar” aqui é éoikos, e sua definição incluía lactentes e crianças. “Naquela hora da noite, o carcereiro levou-os consigo para lavar as feridas causadas pelos açoites. A seguir, foi batizado com todos os seus. (At 16,33)” “Crispo, o chefe da sinagoga, acreditou no Senhor com toda a sua família; e muitos coríntios, que escutavam Paulo, acreditavam e recebiam o batismo. (At 18:8)” “Ah! Sim. Batizei também a família de Estéfanas. Além deles, não me lembro de ter batizado nenhum outro de vocês” (1 Cor 1,16). Devemos lembrar que na cultura judaica as famílias eram, via de regra, grandes. E certamente incluía crianças de todas as idades, inclusive recém-nascidos. O batismo de famílias inteiras só reforça a tese de que as crianças que faziam parte delas estavam inclusas no arranjo cristão.

É importante salientar que se a prática do batismo infantil fosse ilícita, como alguns querem dar a entender, era de se esperar que a Sagrada Escritura a proibisse explicitamente, principalmente para conter os judeus da aplicação de Batismo para seus filhos, como faziam com a circuncisão.  Mas o silêncio encontrado no Novo Testamento e nos escritos dos Patriarcas é retumbante, um silêncio que é muito profundo e ao mesmo tempo significativo.

O testemunho dos primeiros cristãos e dos pais da Igreja

O cristianismo existe há mais de dois mil anos. E o mais impressionante é que a história de nossa religião é ricamente documentada. É uma pena que para muitos cristãos, a Igreja parece ter congelado no tempo após São João ter escrito o último ponto do apocalipse. Nada mais longe da verdade. Os apóstolos deixaram sucessores em cada Igreja que fundaram pessoalmente. Homens que aprenderam deles as tradições cristãs e os instruíram a conservá-las (1 Tm 6,20). Muitos deixaram escritos que foram preservados e que estão à nossa disposição ainda hoje, mostrando um retrato inconfundível de como era a fé dos primeiros cristãos.

Acerca do batismo, não são poucos os testemunhos escritos e até achados arqueológicos acerca da prática de incluir as crianças recém-nascidas neste sacramento. Vejamos alguns exemplos patentes.

Irineu, que viveu entre os anos 130-200 d.C, escreve acerca do batismo cristão:

Pois Ele [Jesus] veio para salvar a todos através de Si mesmo – tudo, eu digo, que através Dele nasceram de novo a Deus – bebes e crianças, e meninos, e jovens e velhos” (Contra heresias, 2, 22, 4).

Clemente de Alexandria, que viveu entre 155-225 d.C escreveu que o batismo se destina:

"a crianças pequenas" (O pedagogo 3,11, 195 d.C)

Hipólito, que viveu entre 169-235 d.C, recomenda:

"Sejam batizadas, primeiramente as crianças" (Tradição Apostólica - 215 d.C)


Orígenes, que viveu entre 185-255 d.C escreve:

A Igreja recebeu dos Apóstolos a Tradição de dar batismo também aos recém-nascidos” (Ad Rom. 5, 9)

Cipriano, bispo de Cartago, na África, que viveu no segundo século da era cristã, escreveu:

A graça do batismo não deve ser apartada de ninguém e especialmente das crianças. Pois os Apóstolos, a quem foram confiados os segredos dos mistérios divinos, sabiam que há em todos, as manchas do pecado original, que devem ser lavados através da água e do Espírito”. (Comentários Sobre Romanos 5,9)

Santo Agostinho, respeitado tanto por católicos quanto por protestantes, também dá um testemunho fundamental acerca da questão.

Este [o batismo infantil], a Igreja sempre teve, sempre manteve, o que ela recebeu da fé dos nossos antepassados; isso, ela guarda perseverantemente até o fim” (Sermão. 11, De Verbo Apost)

Quem é tão impiedoso  ao desejar excluir as crianças do reino dos céus proibindo-as de ser batizadas e nascidas de novo em Cristo?” (Sobre o pecado original 2, 20)

Além desses exemplos temos vários outros de concílios regionais e ecumênicos, mas as referências aqui alistadas já são suficientes para mostrar o ponto que a Igreja primitiva foi praticamente unânime no tocante à licitude da prática do batismo infantil.

Achados arqueológicos reforçam o batismo infantil

Em Maio de 2005 tivemos uma grande descoberta no campo da arqueologia. Foi encontrada em Jerusalém o que se acredita ser a mais antiga Igreja cristã já vista. Nas escavações feitas para a ampliação de um presídio no vale do Megido tivemos a grata surpresa. Transcrevo abaixo um trecho de um artigo da internet:

Durante os primeiros trabalhos para a construção de mais um setor da cadeia foi achado junto do local um mikveh, ou seja uma pia batismal” (fonte: http://www.cafetorah.com/node/94). Quero chamar a sua atenção para um detalhe: a mikveh, ou pia batismal.

Além disso, as catacumbas de Roma, onde eram realizadas as primeiras missas, quando a Igreja sofria forte perseguição do Império Romano, temos uma singela pintura na parede. A pintura de uma criança sendo batizada, por aspersão, por um adulto.

Figura pintada na parede de uma Igreja primitiva (início do século II)


"Sou contra o batismo infantil. Algo feito sem a devida consciência não tem validade"

Será ? Então teremos de concluir também que a circuncisão judaica não valia. Já parou para pensar nas consequências deste tipo de raciocínio ? Quantas decisões os seus pais tomaram por você e que por mais que você tente, não conseguirá invalidá-las ? Só para começar com um exemplo bem claro, foram seus pais que escolheram o seu nome. Você não teve nenhuma participação nisso. Goste do seu nome ou não, é o seu nome. A justiça só costuma deferir pedidos de mudança nos casos em que o nome causa embaraço para a pessoa. Do contrário é com esse nome escolhido pelos seus pais que você terá de conviver para o resto de sua vida. Eles também escolheram a escola que você ia estudar. Escolheram a roupa que você vestia. Escolheram o tipo de penteado que você ia usar. Escolheram também para onde te levar, qual a diversão que você iria ter. Então por que não poderiam escolher batizar você numa Igreja cristã ? Depois de adulto você pode optar por seguir a fé de seus pais ou não e isso em nada invalida o ato realizado por eles, que, por amor, levaram você de maneira salutar à Igreja cristã para lavar a sua mancha do pecado Adâmico.

Além disso, como Jesus mesmo disse, é necessário ao cristão "nascer da água e do espírito" (Jo 3,5). Na Igreja Católica, o nascimento na água é representado pelo batismo, geralmente feito nas crianças, para retirar a mancha do pecado original. Porém, existe um segundo sacramento, ministrado somente após a idade da razão - ou seja, após os 15 anos e por opção pessoal do candidato - chamado de Crisma. Este sacramento consiste na confirmação do Batismo pelo Espírito Santo, na qual o fiel crismando é enviado ao mundo para testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo em atos e palavras. Vemos assim que a objeção apresentada para invalidar o batismo católico por retirar da pessoa a possibilidade de escolha de seu caminho espiritual não tem nenhuma base sólida.

Conclusão

Depois de tudo o que já vimos, fica clara e evidente a prática cristã do batismo, e que ela incluía as crianças no arranjo. Toda e qualquer argumentação em contrário parte de sofismas e de argumentos construídos meramente para se sobrepor à prática cristã adotada há milênios. É uma tese feita sob medida, com uma conclusão preconcebida e fechada aos fatos. Vimos aqui coisas que, uma vez conhecidas, praticamente impossibilitam a mente aberta a, pelo menos, aceitar o fato de que o batismo praticado pela Igreja Católica é não somente válido, como é exatamente aquele mesmo rito instituído pelos apóstolos de Jesus Cristo.

Terminarei este artigo com as palavras de Santo Agostinho:

Quem é tão impiedoso ao desejar excluir as crianças do reino dos céus proibindo-as de ser batizadas e nascidas de novo em Cristo?

Ou quem sabe as palavras do próprio Cristo não ecoam melhor em sua mente ?

Deixai vir a mim as criancinhas...não as impeçais