domingo, 8 de junho de 2014

Cristãos: os novos sapos cozidos?

Penso que você já deve ter ouvido falar daquela técnica de matar de forma eficaz um sapo na panela. Se você retirar o animal de seu ambiente e jogá-lo numa panela quente, ele saltará imediatamente dela – devido à natural contração muscular causada pelo choque térmico – e fugirá para longe. Isso não acontece se ele for retirado gentilmente do seu habitat e colocado numa panela com água fria. Ligue-a no fogão e o sapo ficará nela, feliz da vida, até morrer cozido.

Os cristãos parecem obedecer à lógica do sapo na panela. O mundo é revirado, suas crenças são pilhadas, a base ocidental lentamente destruída, alguns milhares já começam a ser martirizados do outro lado do mundo e por essas bandas do atlântico eles continuam louvando a Deus como se nada estivesse acontecendo. 

Entretanto, não somos sapos: somos seres dotados de inteligência dada do alto para discernirmos os tempos e as estações, sabendo conhecer o inimigo e principalmente como agir diante das tormentas do mundo moderno. Isso também inclui ter uma noção clara da atitude correta diante das ameaças feitas de forma direta ou velada à nossa fé e cultura.

Os cristãos “sapos cozidos” agem de forma irresponsável e passiva diante das transformações do mundo, lavando as suas mãos como Pôncio Pilatos fez no julgamento de Jesus, na ilusão de eximirem-se da sua responsabilidade como cidadãos e como cristãos. 

“Não devemos misturar política com religião”

Esse é o erro mais comum cometido pelos cristãos anfíbios que adoram uma panela fria. Os tais parecem esquecer que, embora o reino de Deus não seja deste mundo, ainda vivemos nele, e como tais temos o direito de usar de forma ostensiva a nossa cidadania. Foi o que fez São Paulo, que quando ameaçado de ser açoitado injustamente apelou para esse aspecto político.

Quando estavam a amarrar Paulo para o açoitar, este disse a um oficial que se encontrava perto: ‘Será legal chicotear um cidadão romano que nem sequer foi julgado?’ O oficial falou com o comandante e avisou-­o: ‘Veja lá o que vai fazer! Trata-­se de um cidadão romano’! O comandante foi ter com Paulo e perguntou­-lhe: ‘Diz-­me, és cidadão romano?’ – ‘Sou, sim’, respondeu Paulo. ‘Também eu’, murmurou o comandante, ‘e esse direito custou-­me muito dinheiro!’. ‘Mas eu sou cidadão romano por nascimento!’. Os soldados que se preparavam para interrogar Paulo foram-­se logo embora quando souberam que era um cidadão romano, e o próprio comandante ficou assustado por ter mandado que o amarassem e açoitassem.” (Atos dos Apóstolos 22, 25-29)

Vemos que Paulo usou sua cidadania para defender-se dos algozes, o que implica dizer, necessariamente, que usou seus direitos de forma ativa contra uma injustiça. E um pouco mais à frente, usa todo o seu conhecimento para retrucar até mesmo o Sumo-Sacerdote judeu.

Logo Ananias, o supremo sacerdote, mandou aos que se encontravam junto de Paulo que lhe batessem na boca. Paulo disse-lhe então: ‘Deus o castigará a si, hipócrita! Que espécie de juiz é o senhor, que viola a lei ordenando que me batam?’” (Atos dos Apóstolos 23, 2-3)

Jesus também mostrou que devemos dar “a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21). Ele não disse: “Deem a Deus o que é de Deus e calem-se nas coisas de César”. 

Com esses exemplos, vemos que é lícito ao cristão usar a sua cidadania – e isso inclui o voto – para manifestar-se e cobrar das autoridades o estrito respeito às leis e direitos vigentes. Essa atitude é importantíssima para que não retirem do arcabouço legal os princípios ocidentais (e cristãos) que nos custaram tão caro ao longo dos séculos e que hoje desfrutarmos de maneira privilegiada. 

O marxismo cultural tem por alvo destruir a família – a base da sociedade instituída por Deus

Outra ingenuidade sem tamanho de muitos cristãos (quando não se trata de mau-caratismo mesmo) é apoiar os movimentos baseados no marxismo cultural de Antônio Gramsci, membro da chamada Escola de Frankfurt, que traçou uma nova estratégia para pôr em prática as ideias satânicas de Marx e Engels: a guerra revolucionária não funcionou pelas armas, sendo necessário então corroer o ocidente por dentro, numa “revolução cultural”, onde todos os seus valores mais caros seriam lentamente corrompidos, até que não restasse mais nada dessa cultura e onde os seus filhos fossem propriedade do estado, e não mais das famílias.  Vamos convir, eles estão conseguindo o seu intento muito bem e muitos “cristãos” estão apoiando e aplaudindo tais mudanças! O cenário é muito parecido com o retratado por George Orwell em seu célebre 1984 – o grande irmão (que representa a figura de um líder estatal populista e inerrante) é o dono das consciências e de todos os cidadãos, inclusive das crianças. 

Vejamos então o que Marx e Engels pensavam a respeito da instituição família:

...fundada sob a dominação do homem com o fim expresso de procriar filhos duma paternidade incontestável, e essa paternidade é exigida porque essas crianças devem, na qualidade de herdeiros diretos, entrar um dia na posse da fortuna paterna.” (Marx e Engels, em “A origem da Família, da propriedade privada e do Estado”)

Eles também eram contra a monogamia, e a viam como uma forma de “opressão” do homem para com a mulher:

primeira luta de classes que aparece na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher no casamento monogâmico, e a primeira opressão de classe coincide com a submissão do sexo feminino pelo masculino.” (Marx e Engels, em “A origem da Família, da propriedade privada e do Estado”, pg. 23)

Mais a frente Engels diz ainda:

"A certidão da paternidade repousa, antes e depois (...) na convicção moral, e, para resolver a insolúvel contradição, o código de Napoleão decreta, art. 312: ‘A criança concebida durante o casamento tem por pai o marido’. Eis aí o último resultado de três mil anos de monogamia"

O Padre Paulo Ricardo resume bem o cerne do pensamento marxista a respeito da família: 

Para o marxismo, a origem das desigualdades sociais é a família, e a primeira propriedade privada que existiu não foi uma cerca, mas sim, a mulher. O homem toma posse da mulher, domina-a e este conceito de família patriarcal, em que o macho é o proprietário da mulher e dos filhos é o da família burguesa, portanto, deve ser destruída. Eles afirmam que não haverá igualdade social enquanto subsistir a família, pois é a raiz de todas as opressões, portanto, os papéis tradicionais de pai, mãe, esposo, esposa, pais e filhos, todos eles devem ser abolidos, posto que opressores.” (Padre Paulo Ricardo em “A Família no Centro da Política”)

O esquerdismo atual encampa a luta contra essa instituição “opressora” chamada família

O esquerdismo é o veículo da atual revolução, que não se dá pelas armas, mas pelo aspecto cultural, obedecendo ao velho conceito pregado por Antônio Gramsci lá nos idos dos anos 30. Para atingir o objetivo eles usam todas as ideologias em vigor para alcançar o seu objetivo final, dos quais destaco o feminismo - incluindo a luta pelo “direito” ao aborto, também denominado de abortismo - e o gayzismo, no intuito de figurarem como os principais instrumentos para a desconstrução da chamada sociedade judaico-cristã.


Maiores detalhes sobre a metodologia de Antonio Gramsci para a revolução cultural, clique aqui.


As esquerdas acusam constantemente as “elites” de perpetuar as “injustiças” e a “opressão” para com o proletariado (aliás, quando você ouvir a palavra “opressão”, é bom desconfiar seriamente que está lidando com alguém que foi infectado de forma severa pela doença esquerdista). Estranhamente, os principais financiadores desses movimentos são justamente os grupos que dominam todo o capital financeiro especulativo.

O Padre Paulo Ricardo fala desse fenômeno chamado "Marxismo Cultural" e o seu intento de destruir a família:




Quem financia o feminismo e o abortismo?

Somente no ano de 2013 a Fundação Ford doou mais U$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil dólares americanos) para organizações feministas. 

A fundação MacArthur também faz doações gordas para diversas organizações feministas/gayzistas/abortistas:

  • Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA);
  • Cunhã—Coletivo Feminista;
  • Fala Preta—Organização de Mulheres Negras;
  • Rede Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos;
  • Themis—Assessoria Jurídica e Estudos de Gênero;
  • Programa de Apoio ao Pai (PAPAI);
  • Casa de Cultura da Mulher Negra;
  • Católicas pelo Direito de Decidir; 
  • Dentre outras inúmeras ONG's que carregam em seus discursos a ideologia feminista.

Aqui vemos um relatório da Fundação Ford dos anos 90 mostrando claramente que dentre os objetivos da entidade estão o fortalecimento do feminismo e a legalização do aborto: 

Aqui um relatório da MacArthur que comprova o financiamento de projetos e ONG's pró-aborto e feminismo: 


Por que as verdadeiras elites financiam o feminismo e o abortismo?

Décadas atrás o magnata do petróleo John Rockefeller III se preocupava com a taxa de crescimento populacional no mundo. Para conter esta taxa, além de financiar diversos métodos médicos para evitar a gravidez, Rockefeller também financiava o aborto e sua legalização em diversos países. 

Por volta dos anos 70, Rockefeller teve contato com Adrienne Germain, uma socióloga que o convenceu que ele poderia utilizar uma estratégia mais eficiente para conter o crescimento populacional mundial.

A nova estratégia proposta por Adrienne não seria apenas utilizar métodos médicos, mas também utilizar a engenharia social e a cultura como meio para conter o aumento da população. 

Juntamente com esta cientista social que então trabalhava na Fundação Ford, Rockefeller resolveu introduzir o conceito de emancipação da mulher e dos direitos sexuais e reprodutivos. Com isso, a Fundação Ford e as Organizações Rockefeller passaram a financiar ativamente as redes de ONGs feministas.

É nesse prisma que vemos a razão por trás dessas organizações financiarem campanhas para influenciar as mulheres a terem ojeriza à gravidez a à própria família. O objetivo é arrancar da mulher o sonho de ser mãe e introduzir o sonho de ser bem-sucedida no trabalho. Até o movimento que vemos de muitas mulheres adotando animais no lugar de crianças tem o dedo dessas fundações. Tudo como pano de fundo para diminuir a taxa de aumento populacional, o verdadeiro pesadelo da verdadeira elite mundial que se esconde por trás do anonimato. No vídeo abaixo, Aaron Russo conta os planos que estavam por trás das intenções da família Rockefeller ao financiar o movimento feminista.



Qual o resultado do feminismo na mente das mulheres  e quais as consequências sociais desse movimento ?

O feminismo instiga o ódio entre os gêneros, exatamente como é feito nas lutas das diversas classes (sociais, de preferência sexual, de raça ou de qualquer outra coisa). O marxismo cultural vive exatamente do eterno conflito dos diversos segmentos com o objetivo de desmantelar a sociedade e viabilizar a utopia socialista/comunista, onde o estado é o senhor absoluto das nossas vidas.

Veja o resultado do pensamento feminista conforme expresso por suas próprias líderes:

"Homens que são acusados injustamente de estupro podem, às vezes, aprender com essa experiência" (Catherine Comins)

"No patriarcado, todo filho de uma mulher é seu potencial traidor e também inevitavelmente o estuprador ou explorador de outra mulher" (Andrea Dworkin)

"Todo ato sexual, e mesmo o sexo consentido entre um casal no matrimônio, é um ato de violência perpetuado contra a mulher" (Catherine MacKinnon)

"Chamar um homem de animal é elogiá-lo. Homens são máquinas, são pênis que andam" (Valerie Solanos)

"Todos os homens são estupradores, e isso é tudo que eles são" (Marilyn French)

"Quando uma mulher tem um orgasmo com um homem ela está apenas colaborando com o sistema patriarcal, erotizando sua própria opressão" (Sheilla Jeffrys)

"Eu sinto que odiar os homens é um ato político honrado e viável" (Robin Morgan)

"Uma mulher que faz sexo com um homem, o faz contra a sua vontade, mesmo que ela não se sinta forçada" (Judith Levine)

"Quero ver um homem espancado e sangrando, com um salto alto enfiado em sua boca, como uma maçã na boca de um porco" (Andrea Dworkin)

"O homem é um animal doméstico que, se tratado com firmeza, pode ser treinado a fazer algumas coisas" (Jilly Cooper)

Podemos ver o quão doentia é essa ideologia e o quanto ela impacta no comportamento feminino, em maior ou menor grau, por conta da massiva propaganda inculcada em todos os meios de comunicação. Pensem em quantas separações, quantos conflitos matrimoniais existem por conta dessa propaganda nefasta, onde o homem é sempre o culpado, é sempre o alvo do ódio incontido de mulheres que tiveram uma verdadeira lavagem cerebral em relação ao trato com o sexo oposto. O reflexo nós vemos na conturbada sociedade moderna, onde perdem-se todas as referências que sustentavam a família e a própria convivência social

Onde entram os partidos de esquerda nessa equação?

Os partidos de esquerda são os principais propagadores e consumadores dessas revoluções. Quando o cristão vota num partido de esquerda que tem como programa de governo o apoio a todas essas políticas de destruição da família, eles estão voltando-se na prática contra o projeto do criador, ou contra Ele próprio. É como disse o Papa Bento XVI: 


Este excelente vídeo abaixo é uma ótima introdução para o que estamos demonstrando neste artigo: explica o fenômeno do marxismo cultural, a sua predominância em todos os ambientes (incluindo o acadêmico), o politicamente correto e de como tudo isso se encaixa para formar um pacote que explica bem o mundo em que vivemos. E tudo isso em apenas 7 minutos!


Abaixo temos o documentário “a agenda”, que mostra de forma completa (por isso o vídeo é mais longo) como o esquerdismo age para destruir a base da sociedade, bem como o cristianismo. Apesar do documentário ser muito voltado para a realidade americana, todos os conceitos usados pela esquerda para derrotar os EUA estão sendo empregados em ritmo acelerado na América do Sul, especialmente no Brasil, Argentina, Venezuela e Bolívia. Fomos a sede do famoso Foro de São Paulo, muito bem documentado pelo filósofo Olavo de Carvalho, onde um grupo de líderes de esquerda (que incluiu representantes das FARC - Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) discutiram à exaustão em 1990 as formas de dominar a região e implementar a agenda socialista. Assim como os esquerdistas americanos conspiraram e ainda conspiram para derrubar os Estados Unidos, os "camaradas" destas bandas usam todos os "movimentos sociais" (ou os "ismos") para dividir a sociedade e conquistá-la definitivamente para a implantação dos ideais marxistas, sendo a efetivação do comunismo a última fase do plano diabólico.



O politicamente correto é outro instrumento da revolução cultural

Conforme já visto no primeiro vídeo acerca do marxismo cultural, o politicamente correto entra como instrumento da revolução cultural como forma de destruir a família e a ordem estabelecida, de maneira a criar uma nova mentalidade, a mentalidade “revolucionária”. Este outro documentário relativamente curto mostra as origens e a intenção do pensamento politicamente correto:



Este outro vídeo também aborda o assunto, e vem como complemento ao primeiro.


Olavo de Carvalho explica o cenário da Nova Ordem Mundial


Este é talvez o melhor vídeo de Olavo de Carvalho disponível na internet. Aqui ele explica os detalhes das teias de influência e quem está ditando as agendas do mundo. É um excelente complemento aos três vídeos anteriores.





Padre Paulo Ricardo explica o cenário mundial das "revoluções" havidas até os dias de hoje:

Em outro vídeo fantástico, o Padre Paulo Ricardo fala da "mão invisível" que governa o mundo e as razões das "revoluções" e como isto nos afeta até os dias de hoje. A explicação ajuda a entender alguns fenômenos recentes no nosso país.


O que o cristão pode fazer na prática?

O cristão não deve ficar calado. Deve ser corajoso e anunciar a sua fé, bem como as razões para ela. Também deve participar ativamente na vida política de sua nação, votando em partidos que não coadunem com a revolução gramsciana. Deve, também “colocar a boca no trombone”, com o fim de evitar o avanço do inferno no plano terreno o tanto quanto possível. Calar-se e/ou ficar temeroso de perder amigos é um verdadeiro pecado nesse cenário que vivemos. O nome desse pecado é “respeito humano”.

Por isso, abra a sua boca. Fale o que você pensa. Nós somos a maioria, mas estamos ficando para trás por conta da nossa inércia. Não se intimide com o politicamente correto, que nada mais é do que outro instrumento do marxismo cultural que visa deixar as pessoas com vergonha de suas convicções, para com isso fortalecer as minorias barulhentas e virulentas. A sua omissão e silêncio é tudo o que eles querem para transformar este mundo num lugar inóspito, onde o cristianismo voltará aos seus primórdios: a perseguição mortal e fábrica de mártires. 

Você quer isto para o seu futuro? Você quer reunir-se em seus locais de culto como faz hoje até o fim de sua vida? Quer que seus filhos possam cultuar a Deus de forma saudável e sem temor? Se sua resposta for SIM a essas perguntas, é melhor levantar da sua cadeira, retirar o tampão da sua boca e começar a agir. Os inimigos do evangelho não perdem tempo, e seria muito bom que você também não perdesse o seu.

Não faça como sapo que é colocado na armadilha da panela fria e que lentamente é cozido pelo seu inimigo. Você tem percepção suficiente para saber o que está acontecendo e saltar da panela o quanto antes.